Professores ajudem a pagar a divida do estado…

Caríssimo Sr. Ministro Crato,

Hoje, mais do que nunca, estamos solidários com o governo do qual V. Exa. é ministro da deseducação, perdão, educação.

Por isso nesta casa, hoje, contribuímos com mais ou menos € 50,00… esperemos que utilize bem este dinheirinho.
Não fique preocupado, pois poupa-se na gasolina…

Mas não é a primeira ajuda que damos, por aqui. Para V. Exa. poupar nos livros dos meninos, nas fotocópias e etc… temos despendido do nosso “orçamento residencial” para que tal não falte aos meninos mais carenciados. A Canon e a Staples têm agradecido.

E pode contar connosco, para poupar ainda mais…

Já viu que os sindicatos e os professores estão do seu lado, para que possa poupar….

Pode contar connosco para lutar e resistir…
Greve é a nossa arma…


Os Lusíadas

Numa manhã, a professora pergunta ao aluno:
– Diz-me lá quem escreveu ‘Os Lusíadas’?
O aluno, a gaguejar, responde:
– Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui.
E começa a chorar. A professora, furiosa, diz-lhe:
– Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai.
Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa:
– Não percebo o seu filho. Perguntei-lhe quem escreveu ‘Os Lusíadas’ e ele
respondeu-me que não sabia, que não foi ele…
Diz o pai:
– Bem, ele não costuma ser mentiroso, se diz que não foi ele, é porque não
foi. Já se fosse o irmão…
Irritada com tanta ignorância, a professora resolve ir para casa e, na
passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:
– Parece que o dia não lhe correu muito bem…
– Pois não, imagine que perguntei a um aluno quem escreveu ‘Os Lusíadas’
respondeu-me que não sabia, que não foi ele, e começou a chorar.
O comandante do posto:
– Não se preocupe. Chamamos cá o miúdo, damos-lhe um ‘aperto’, vai ver que ele
confessa tudo!
Com os cabelos em pé, a professora chega a casa e encontra o marido sentado no
sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe este:
– Então o dia correu bem?
– Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a um aluno quem escreveu ‘Os Lusíadas’.
Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ele, e pôs-se a chorar.
O pai diz-me que ele não costuma ser mentiroso. O comandante da G.N.R. quer
chamá-lo e obrigá-lo a confessar. Que hei-de fazer a isto?
O marido, confortando-a:
– Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar
foste tu e já não te lembras…!